‘Somos inúteis servos: fizemos o que devíamos fazer’

Lc 17, 10

padre Abílio Fernando Alves Cardoso

O PÁROCO

igreja matriz

igreja montes de alvor

Capela de montes de alvor

 

Texto Que Faz Pensar

Demasiadas missas… e tão poucas mesas

Há padres que celebram seis, sete, oito missas num só fim de semana.
Correm de aldeia em aldeia, de igreja em igreja, como quem apaga fogos, como quem tenta segurar um edifício que já racha pelas fundações. E o que era dom, festa e encontro, transforma-se em cansaço, repetição, ritual vazio.

A Eucaristia nasceu à mesa.
Jesus não instituiu um cerimonial, instituiu uma refeição.
Partiu o pão, partilhou a vida, pôs-se ao lado dos pobres, dos pecadores, dos esquecidos.
E disse: “Fazei isto em memória de mim.”

Mas esse “isto” não era apenas o rito. Era a mesa aberta, a fraternidade, a comunhão que nasce da partilha.
Hoje, muitos já não reconhecem ali o gesto de Jesus.
Uns vão à missa como quem cumpre um dever.
Outros esperam apenas a comunhão rápida, ou um pedido atendido, ou uma intenção por um defunto.
E assim se perde o essencial: a experiência de sermos corpo, de sermos comunidade, de sermos família.

A Igreja, cansada e envelhecida, multiplica missas…
Mas multiplica vida?
Multiplica mesas onde todos cabem?
Ou estamos apenas a manter de pé um ritual que já não fala, já não aquece, já não desperta sede de Deus?

Jesus quis uma mesa larga, onde houvesse pão para todos, dignidade para todos, amor para todos.
Não um privilégio clerical, mas um direito cristão: celebrar a Sua presença no meio de nós.
E enquanto faltam padres e sobram missas, faltam comunidades vivas, e sobram bancos vazios.

O risco é grande: a Igreja desmorona-se não pelo ataque de fora, mas pelo vazio de dentro.
Quando esquecemos que o que salva não é a repetição, mas a vida partilhada.
Não a quantidade de missas, mas a intensidade da comunhão.

E talvez seja tempo de parar, olhar de frente e voltar ao começo:
à mesa de Jesus.
À simplicidade do pão repartido.
À beleza de uma comunidade que aprende a viver da solidariedade, da escuta e do amor.

Porque se a missa não nos leva a partilhar a vida, a cuidar uns dos outros, a construir fraternidade… Então já não é memória de Jesus. É apenas um eco distante do que Ele sonhou.

João Torres é padre católico na arquidiocese de Braga.

 

Início da Catequese 2025-2026

4 de Outubro

Alvor – 15h00
Montes de Alvor – 16h00

5 de Outubro

Penina – 11h00
Inscrições na Catequese Paróquia de Alvor 2025

Missas

Alvor – Montes de Alvor – Penina

Sábado

16h00 – Alvor
17h30 – Montes de Alvor
19h00 – Alvor (em inglês)

Domingo

10h00 – Alvor
12h00 – Penina

Quarta-Feira

19h00 – Montes de Alvor

Quinta-Feira

19h00 – Alvor

Sexta-Feira

19h00 – Alvor

Atendimento para casamentos e batismos

Todas as questões processuais relativas a casamentos e batizados, da paróquia de Alvor, são tratadas presencialmente na SECRETARIA PAROQUIAL, em Alvor, no seguinte horário:

Quintas-feiras entre as 15h30 e as 17h30

 

Consulte AQUI a página da Liturgia para conhecer as normas para admissão ao batismo.

 

As celebrações de batismo serão aos Domingos dentro da Eucaristia Dominical.

Os casamentos serão celebrados aos Sábados de manhã.