Ao ver a estrela, sentiram grande alegria.
Entraram na casa, viram o Menino com Maria, sua Mãe,
e, prostrando-se diante d’Ele, adoraram-n’O.

 Mt 2,11

padre Abílio Fernando Alves Cardoso

O PÁROCO

igreja matriz

igreja montes de alvor

montes de alvor

Jubileu 2025: Estamos À Espera de Quê?

 

O verbo «esperar» proveio do latim «sperare», derivado de «spes» e tem como derivados, em português, «espera» e «esperança».

Lembram-se da famosa peça teatral de Samuel Beckett, na qual dois homens esperam um amigo que não se sabe se existe porque “nunca aparece”? Às vezes parece que estamos ‘À espera de Godot’. Talvez devessemos ter em conta alguns sinais.

Num inquérito feito em 2021, com o patrocínio da Fundação Francisco Manuel dos Santos, parte da população juvenil entre os 15 e os 34 anos foi desafiada a falar sobre as suas “esperanças”. O questionário concluiu que não obstante ser a geração mais preparada de sempre, “para quem o ir estudar foi a porta de garantia de um futuro seguro”, hoje perdeu essa segurança. Temos uma quantidade enorme de jovens que se preparam, fazem a sua formação e depois não têm garantido nem um trabalho certo na área em que se prepararam, nem trabalho em geral. Trata-se de “uma geração que tem vivido uma grande instabilidade”, “crescido em contextos de sucessivas crises” e cujos seus membros “olham para o futuro com insegurança”. Hoje, esta nova geração não só se sente insegura no presente, como se sente insegura quando olha para o futuro. Um em cada três jovens deste estudo diz que, se calhar, vai imigrar à procura de melhores condições, de outro futuro, e que, hoje, os jovens procuram segurança no trabalho, mas assusta-os a ideia de ter sempre o mesmo trabalho. Os jovens, na sua maioria, não obstante gostassem de sair “mais cedo da casa dos pais”, sentem-se “novos demais” para tomar certas decisões, Sem casa própria, muitas vezes sem emprego, muitas vezes às apalpadelas e sem saber para onde ir, a idade média para a decisão de ter o primeiro filho “supera largamente os 30 anos”.

Existem dados e sinais bastante preocupantes nesta geração que indicam uma saúde mental, cada vez mais, frágil. Em 2019 a segunda causa de morte em Portugal para a população jovem, depois dos acidentes de viação, foi o suicídio. Os estudos mostram que um em cada quatro jovens já pensou suicidar-se.

No célebre livro intitulado “A sociedade do cansaço”, o filósofo Byung-Chul Han procura perceber porque é que tantos vivem hoje com doença mental, problema que, segundo o autor, reside no facto de a sociedade atual valorizar as pessoas em função daquilo que produzem. Hoje já não somos encorajados a parar, mas, pelo contrário, somos estimulados à hiperatividade. O resultado disso é uma degradação da nossa saúde mental. Não é por acaso que tantos jovens hoje têm dificuldade e adiam decisões em relação ao futuro. Porque, inconscientemente, não querem ser adultos assim: o mundo de hoje anseia por “descanso”.

Verifica-se também alteração das “expetativas” de “heróis”. O americano Steve Turner, numa obra intitulada “A Teologia da Cultura Pop”, constata que antigamente os “heróis” estavam nos altares laterais das igrejas e que hoje se encontram nos ecrãs: podemos concluir que a sociedade de hoje também anseia por “messias”.

Algumas propostas que outros jovens, “convocados pelo Fórum Económico Mundial”, apresentaram para a saída da crise pandémica do Covid-19: Repensar a maneira como consumimos; a democratização do acesso à internet; a urgência da educação para a literacia digital; incentivar à democracia, à participação de todos, especialmente dos jovens; uma rede de cuidados de saúde mental; uma tolerância zero para os abusos ambientais; a necessidade de políticas de regulação dos gigantes tecnológicos; uma rede global de acesso a cuidados de saúde básicos; e mecanismos de segurança pública com “menos armas”. Estas, algumas das sugestões apresentadas.

Considerando o que fica dito, devemos tentar eliminar qualquer pretexto que possa levar os jovens a imaginar o seu futuro sem esperança.

Porque às vezes parece que estamos à espera do Godot; porque também temos sonhos de justiça; porque também temos sonhos de futuro; porque também precisamos de descanso; porque às vezes também pedimos a ajuda de heróis; e porque, de certa maneira, suspiramos por transcendência é que pensamos que o Papa Francisco fez muito bem em convidar-nos para um jubileu de esperança. Para quê um jubileu de esperança? Porque, tudo somado, é disso que estamos à espera.

[Dados recolhidos a partir de informação do jornal Folha de Domingo]

Um Bom 2025!

 

2025 – Ano Novo, Vida Nova na Nossa Paróquia

 

A o terminar o ciclo litúrgico do Natal do Senhor, começou um ano especial marcado pela Esperança. O Papa Francisco convida-nos a entrar no Ano Jubilar 2025. Como peregrinos da Esperança, somos convidados a discernir os sinais da presença de Deus no mundo, mesmo que eles nos pareçam pouco evidentes numa sociedade que, mesmo entre convulsões e incertezas, procura um modo diferente de ser crente, traduzido de formas alternativas nas suas necessidades, buscas e pertenças.
Olhando para os próximos meses, o nosso Plano Pastoral desafia-nos a reforçar o nosso encontro com Jesus Cristo, Aquele que dá sentido à nossa Esperança.

Desde já, destacamos:

1. A Dimensão Performativa das nossas comunidades leva-nos ao Mês da Bíblia na Paróquia, motivado a partir do Domingo da Palavra, em 26 de Janeiro. Trata-se da formação permanente com vista a configurar o cristão com Cristo. Não se trata apenas de aquisição de “conhecimentos intelectuais”. O que se pretende é que a Catequese de Adultos e a de Crianças e Jovens estejam ligadas e orientadas para a vida interior (Ser) e, como consequência, para a missão (Agir/Fazer).

2. A Dimensão Profética das nossas comunidades vai apostar nos doentes e idosos. O Dia Mundial do Doente, celebrado cada ano em 11 de Fevereiro, motiva-nos para uma celebração comunitária do sacramento da Unção dos Doentes, agendada para 16 de Fevereiro, na missa das 10h00 na Matriz de Alvor. A atenção para com os doentes e os idosos implica também ajudá-los na celebração da fé que os conforte na fragilidade. Todas as famílias que os acompanham são chamadas a proporcionar-lhes este momento, trazendo-os à sua igreja – ocasião para eventuais recordações que trarão alívio, saúde espiritual e também física. É urgente recuperar a dimensão curativa da nossa paróquia.

3. A Dimensão Profética das nossas comunidades traduz-se, também, em peregrinações em projeto. As peregrinações em grupo, quaisquer que sejam os itinerários e por mais intensos e cansativos que se apresentem, marcam-nos como grupo coeso, profundo, cooperativo, bem-humorado, em busca interior de Deus.

3.1. Sé Catedral de Faro

Toda a comunidade está convidada para peregrinar à Catedral de Faro, na tarde de 6 de Abril. Está a ser preparado um programa que possa despertar para a unidade de todos os cristãos que, organizados em Paróquias à volta do seu Pastor, recordam os nomes de Francisco e de Manuel em todas as celebrações. A igreja catedral de Faro, a igreja do nosso Bispo, é a mãe de todas as igrejas da Diocese.
Anunciaremos atempadamente se houver um autocarro, destinado às pessoas que não dispõem de meio de deslocação próprio.

3.2. Loyola e Lourdes

De 22 a 25 de Maio propõe-se uma peregrinação mariana ao Santuário de Lourdes (França) passando por Loyola (País Vasco, em Espanha), ocasião de convívio, cultura e espiritualidade. Em Lourdes evocamos a Imaculada Conceição de Maria, que Se revelou a Bernardette Soubirous. Em Loyola iremos conhecer a vida e obra do fundador dos Jesuítas, Santo Inácio de Loyola.
O Programa está a ser elaborado mas precisamos de saber quanto antes quem está interessado a fim de se dar a conhecer o programa definitivo e respetivo orçamento.

3.3. Caminhos De Santiago

Na semana de 6 a 13 de Julho, o pároco propõe-se peregrinar uma vez mais nos Caminhos de Santiago. E gostaria de o fazer em grupo. Havendo interessados, devem eles inscrever-se até 31 de Janeiro. Apenas se dão indicações genéricas pois o programa definitivo terá de ser elaborado apenas quando tivermos um número mínimo de inscrições (20): teremos de percorrer a pé ao menos os últimos 100 quilómetros, que dá direito à Compostela. Seguiremos pelo Caminho Português (Central), a partir de Barcelos e tentaremos encontrar alojamento em albergues. As despesas serão divididas por todos os participantes. A maior dificuldade é a do transporte. Haverá quem possa disponibilizar carrinhas de 9 lugares? Deixa-se o apelo.

3.4. Terra Santa Ou Turquia

Dependendo do evoluir da situação, gostaria de propor uma peregrinação à Terra Santa de 8 a 16 de Setembro. Peregrinar na Terra de Jesus deve ser o maior sonho de qualquer cristão e tal é acessível a todos, mesmo que nem todos tenham possibilidades financeiras. Caso ainda não haja condições de segurança, seguiremos pela Turquia, nos passos de S. Paulo ou da Igreja dos primeiros séculos. Tenhamos em vista que um dos grandes acontecimentos de que se faz memória é o do Concílio de Niceia onde há 1700 anos foi fixado o Credo que ainda hoje recitamos em cada Eucaristia dominical.

3.5 Fátima

Com passagem por Santarém, no santuário do milagre eucarístico (celebração da Eucaristia) e em Alenquer, de visita ao santuário de Sãozinha, iremos a Fátima, como peregrinos de Alvor em ano jubilar. Será no sábado e domingo, 25 e 26 de Outubro.

Missas

Alvor – Montes de Alvor – Penina

Sábado

16h00 – Alvor
17h30 – Montes de Alvor
19h00 – Alvor (em inglês)

Domingo

10h00 – Alvor
12h00 – Penina

Quarta-Feira

19h00 – Montes de Alvor

Quinta-Feira

19h00 – Alvor

Sexta-Feira

19h00 – Alvor

Atendimento para casamentos e batismos

Todas as questões processuais relativas a casamentos e batizados, da paróquia de Alvor, são tratadas presencialmente na SECRETARIA PAROQUIAL, em Alvor, no seguinte horário:

Quintas-feiras entre as 15h30 e as 17h30

 

Consulte AQUI a página da Liturgia para conhecer as normas para admissão ao batismo.

 

As celebrações de batismo serão aos Domingos dentro da Eucaristia Dominical.

Os casamentos serão celebrados aos Sábados de manhã.