QUINTA-FEIRA DA CEIA DO SENHOR

Missa da Ceia do Senhor

LEITURA I                                                                                    Ex 12, 1-8.11-14
Leitura do Livro do Êxodo

Naqueles dias,
o Senhor disse a Moisés e a Aarão na terra do Egipto:
«Este mês será para vós o princípio dos meses;
fareis dele o primeiro mês do ano.
Falai a toda a comunidade de Israel e dizei-lhe:
No dia dez deste mês,
procure cada qual um cordeiro por família,
uma rês por cada casa.
Se a família for pequena demais para comer um cordeiro,
junte-se ao vizinho mais próximo, segundo o número de pessoas,
tendo em conta o que cada um pode comer.
Tomareis um animal sem defeito,
macho e de um ano de idade.
Podeis escolher um cordeiro ou um cabrito.
Deveis conservá-lo até ao dia catorze desse mês.
Então, toda a assembleia da comunidade de Israel
o imolará ao cair da tarde.
Recolherão depois o seu sangue,
que será espalhado nos dois umbrais e na padieira da porta
das casas em que o comerem.
E comerão a carne nessa mesma noite;
comê-la-ão assada ao fogo, com pães ázimos e ervas amargas.
Quando o comerdes,
tereis os rins cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão.
Comereis a toda a pressa: é a Páscoa do Senhor.
Nessa mesma noite, passarei pela terra do Egipto
e hei-de ferir de morte, na terra do Egipto,
todos os primogénitos, desde os homens até aos animais.
Assim exercerei a minha justiça contra os deuses do Egipto,
Eu, o Senhor.
O sangue será para vós um sinal, nas casas em que estiverdes:
ao ver o sangue, passarei adiante,
e não sereis atingidos pelo flagelo exterminador,
quando Eu ferir a terra do Egipto.
Esse dia será para vós uma data memorável,
que haveis de celebrar com uma festa em honra do Senhor.
Festejá-lo-eis de geração em geração,
como instituição perpétua».

SALMO RESPONSORIAL Salmo 115 (116), 12-13.15-16bc.17-18 (R. cf. 1 Cor 10, 16)
Refrão: O cálice de bênção é comunhão do sangue de Cristo.

LEITURA II 1 Cor 11, 23-26
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
Irmãos:
Eu recebi do Senhor o que também vos transmiti:
o Senhor Jesus, na noite em que ia ser entregue,
tomou o pão e, dando graças, partiu-o e disse:
«Isto é o meu corpo, entregue por vós.
Fazei isto em memória de Mim».
Do mesmo modo, no fim da ceia, tomou o cálice e disse:
«Este cálice é a nova aliança no meu sangue.
Todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de Mim».
Na verdade, todas as vezes que comerdes deste pão
e beberdes deste cálice,
anunciareis a morte do Senhor, até que Ele venha.

EVANGELHO                                                                            Jo 13, 1-15
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Antes da festa da Páscoa,
sabendo Jesus que chegara a sua hora
de passar deste mundo para o Pai,
Ele, que amara os seus que estavam no mundo,
amou-os até ao fim.
No decorrer da ceia,
tendo já o Demónio metido no coração de Judas Iscariotes,
filho de Simão,
a ideia de O entregar,
Jesus, sabendo que o Pai Lhe tinha dado toda a autoridade,
sabendo que saíra de Deus e para Deus voltava,
levantou-Se da mesa, tirou o manto
e tomou uma toalha, que pôs à cintura.
Depois, deitou água numa bacia
e começou a lavar os pés aos discípulos
e a enxugá-los com a toalha que pusera à cintura.
Quando chegou a Simão Pedro, este disse-Lhe:
«Senhor, Tu vais lavar-me os pés?».
Jesus respondeu:
«O que estou a fazer, não o podes entender agora,
mas compreendê-lo-ás mais tarde».
Pedro insistiu:
«Nunca consentirei que me laves os pés».
Jesus respondeu-lhe:
«Se não tos lavar, não terás parte comigo».
Simão Pedro replicou:
«Senhor, então não somente os pés,
mas também as mãos e a cabeça».
Jesus respondeu-lhe:
«Aquele que já tomou banho está limpo
e não precisa de lavar senão os pés.
Vós estais limpos, mas não todos».
Jesus bem sabia quem O havia de entregar.
Foi por isso que acrescentou: «Nem todos estais limpos».
Depois de lhes lavar os pés,
Jesus tomou o manto e pôs-Se de novo à mesa.
Então disse-lhes:
«Compreendeis o que vos fiz?
Vós chamais-Me Mestre e Senhor,
e dizeis bem, porque o sou.
Se Eu, que sou Mestre e Senhor, vos lavei os pés,
também vós deveis lavar os pés uns aos outros.
Dei-vos o exemplo,
para que, assim como Eu fiz, vós façais também».

SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO DO SENHOR

LEITURA I Is 52, 13 – 53, 12
Leitura do Livro de Isaías
Vede como vai prosperar o meu servo:
subirá, elevar-se-á, será exaltado.
Assim como, à sua vista, muitos se encheram de espanto
­­
– tão desfigurado estava o seu rosto
que tinha perdido toda a aparência de um ser humano ­­–
assim se hão-de encher de assombro muitas nações
e, diante dele, os reis ficarão calados,
porque hão-de ver o que nunca lhes tinham contado
e observar o que nunca tinham ouvido.
Quem acreditou no que ouvimos dizer?
A quem se revelou o braço do Senhor?
O meu servo cresceu diante do Senhor como um rebento,
como raiz numa terra árida,
sem distinção nem beleza para atrair o nosso olhar,
nem aspecto agradável que possa cativar-nos.
Desprezado e repelido pelos homens,
homem de dores, acostumado ao sofrimento,
era como aquele de quem se desvia o rosto,
pessoa desprezível e sem valor para nós.
Ele suportou as nossas enfermidades
e tomou sobre si as nossas dores.
Mas nós víamos nele um homem castigado,
ferido por Deus e humilhado.
Ele foi trespassado por causa das nossas culpas
e esmagado por causa das nossas iniquidades.
Caiu sobre ele o castigo que nos salva:
pelas suas chagas fomos curados.
Todos nós, como ovelhas, andávamos errantes,
cada qual seguia o seu caminho.
E o Senhor fez cair sobre ele as faltas de todos nós.
Maltratado, humilhou-se voluntariamente
e não abriu a boca.
Como cordeiro levado ao matadouro,
como ovelha muda ante aqueles que a tosquiam,
ele não abriu a boca.
Foi eliminado por sentença iníqua,
mas quem se preocupa com a sua sorte?
Foi arrancado da terra dos vivos
e ferido de morte pelos pecados do seu povo.
Foi-lhe dada sepultura entre os ímpios
e um túmulo no meio de malfeitores,
embora não tivesse cometido injustiça,
nem se tivesse encontrado mentira na sua boca.
Aprouve ao Senhor esmagar o seu servo pelo sofrimento.
Mas se oferecer a sua vida como sacrifício de expiação,
terá uma descendência duradoira,
viverá longos dias,
e a obra do Senhor prosperará em suas mãos.
Terminados os sofrimentos,
verá a luz e ficará saciado na sua sabedoria.
O justo, meu servo, justificará a muitos
e tomará sobre si as suas iniquidades.
Por isso, Eu lhe darei as multidões como prémio,
e terá parte nos despojos no meio dos poderosos;
porque ele próprio entregou a sua vida à morte
e foi contado entre os malfeitores,
tomou sobre si as culpas das multidões
e intercedeu pelos pecadores.

SALMO RESPONSORIAL
Salmo 30 (31), 2.6.12-13.15-16.17.25
(R. Lc 23, 46)
Refrão: Pai, em vossas mãos entrego o meu espírito.

LEITURA II                                                             Hebr 4, 14-16; 5, 7-9

Leitura da Epístola aos Hebreus
Irmãos:
Tendo nós um sumo sacerdote que penetrou os Céus,
Jesus, Filho de Deus,
permaneçamos firmes na profissão da nossa fé.
Na verdade, nós não temos um sumo sacerdote
incapaz de Se compadecer das nossas fraquezas.
Pelo contrário, Ele mesmo foi provado em tudo,
à nossa semelhança, excepto no pecado.
Vamos, portanto, cheios de confiança, ao trono da graça,
a fim de alcançarmos misericórdia
e obtermos a graça de um auxílio oportuno.
Nos dias da sua vida mortal,
Ele dirigiu preces e súplicas,
com grandes clamores e lágrimas,
Àquele que O podia livrar da morte,
e foi atendido por causa da sua piedade.
Apesar de ser Filho, aprendeu a obediência no sofrimento.
E, tendo atingido a sua plenitude,
tornou-Se, para todos os que Lhe obedecem,
causa de salvação eterna.

EVANGELHO Jo 18, 1 – 19, 42
Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo,
Jesus saiu com os seus discípulos
para o outro lado da torrente do Cédron.
Havia lá um jardim, onde Ele entrou com os seus discípulos.
Judas, que O ia entregar, conhecia também o local,
porque Jesus Se reunira lá muitas vezes com os discípulos.
Tomando consigo uma companhia de soldados
e alguns guardas,
enviados pelos príncipes dos sacerdotes e pelos fariseus,
Judas chegou ali, com archotes, lanternas e armas.
Sabendo Jesus tudo o que Lhe ia acontecer,
adiantou-Se e perguntou-lhes:
«A quem buscais?».
Eles responderam-Lhe:
«A Jesus, o Nazareno».
Jesus disse-lhes:
«Sou Eu».
Judas, que O ia entregar, também estava com eles.
Quando Jesus lhes disse: «Sou Eu»,
recuaram e caíram por terra.
Jesus perguntou-lhes novamente:
«A quem buscais?».
Eles responderam:
«A Jesus, o Nazareno».
Disse-lhes Jesus:
«Já vos disse que sou Eu.
Por isso, se é a Mim que buscais,
deixai que estes se retirem».
Assim se cumpriam as palavras que Ele tinha dito:
«Daqueles que Me deste, não perdi nenhum».
Então, Simão Pedro, que tinha uma espada,
desembainhou-a e feriu um servo do sumo sacerdote,
cortando-lhe a orelha direita.

O servo chamava-se Malco.
Mas Jesus disse a Pedro:
«Mete a tua espada na bainha.
Não hei-de beber o cálice que meu Pai Me deu?».
Então, a companhia de soldados,
o oficial e os guardas dos judeus
apoderaram-se de Jesus e manietaram-n’O.
Levaram-n’O primeiro a Anás,
por ser sogro de Caifás,
que era o sumo sacerdote nesse ano.
Caifás é que tinha dado o seguinte conselho aos judeus:
«Convém que morra um só homem pelo povo».
Entretanto, Simão Pedro seguia Jesus com outro discípulo.
Esse discípulo era conhecido do sumo sacerdote
e entrou com Jesus no pátio do sumo sacerdote,
enquanto Pedro ficava à porta, do lado de fora.
Então o outro discípulo, conhecido do sumo sacerdote,
falou à porteira e levou Pedro para dentro.
A porteira disse a Pedro:
«Tu não és dos discípulos desse homem?».
Ele respondeu:
«Não sou».
Estavam ali presentes os servos e os guardas,
que, por causa do frio, tinham acendido um braseiro
e se aqueciam.
Pedro também se encontrava com eles a aquecer-se.
Entretanto, o sumo sacerdote interrogou Jesus
acerca dos seus discípulos e da sua doutrina.
Jesus respondeu-lhe:
«Falei abertamente ao mundo.
Sempre ensinei na sinagoga e no templo,
onde todos os judeus se reúnem,
e não disse nada em segredo.
Porque Me interrogas?
Pergunta aos que Me ouviram o que lhes disse:
eles bem sabem aquilo de que lhes falei».

A estas palavras, um dos guardas que estava ali presente
deu uma bofetada a Jesus e disse-Lhe:
«É assim que respondes ao sumo sacerdote?».
Jesus respondeu-lhe:
«Se falei mal, mostra-Me em quê.
Mas, se falei bem, porque Me bates?».
Então Anás mandou Jesus manietado
ao sumo sacerdote Caifás.
Simão Pedro continuava ali a aquecer-se.
Disseram-lhe então:
«Tu não és também um dos seus discípulos?».
Ele negou, dizendo:
«Não sou».
Replicou um dos servos do sumo sacerdote,
parente daquele a quem Pedro cortara a orelha:
«Então eu não te vi com Ele no jardim?».
Pedro negou novamente,
e logo um galo cantou.
Depois, levaram Jesus da residência de Caifás ao pretório.
Era de manhã cedo.
Eles não entraram no pretório,
para não se contaminarem e assim poderem comer a Páscoa.
Pilatos veio cá fora ter com eles e perguntou-lhes:
«Que acusação trazeis contra este homem?».
Eles responderam-lhe:
«Se não fosse malfeitor, não t’O entregávamos».
Disse-lhes Pilatos:
«Tomai-O vós próprios, e julgai-O segundo a vossa lei».
Os judeus responderam:
«Não nos é permitido dar a morte a ninguém».
Assim se cumpriam as palavras que Jesus tinha dito,
ao indicar de que morte ia morrer.
Entretanto, Pilatos entrou novamente no pretório,
chamou Jesus e perguntou-Lhe:
«Tu és o rei dos Judeus?».
Jesus respondeu-lhe:

«É por ti que o dizes,
ou foram outros que to disseram de Mim?».
Disse-Lhe Pilatos:
«Porventura sou eu judeu?
O teu povo
e os sumos sacerdotes é que Te entregaram a Mim.
Que fizeste?».
Jesus respondeu:
«O meu reino não é deste mundo.
Se meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam
para que Eu não fosse entregue aos judeus.
Mas o meu reino não é daqui».
Disse-Lhe Pilatos:
«Então, Tu és rei?».
Jesus respondeu-lhe:
«É como dizes: sou rei.
Para isso nasci e vim ao mundo,
a fim de dar testemunho da verdade.
Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz».
Disse-Lhe Pilatos:
«Que é a verdade?».
Dito isto, saiu novamente para fora e declarou aos judeus:
«Não encontro neste homem culpa nenhuma.
Mas vós estais habituados
a que eu vos solte alguém pela Páscoa.
Quereis que vos solte o rei dos Judeus?».
Eles gritaram de novo:
«Esse não. Antes Barrabás».
Barrabás era um salteador.
Então Pilatos mandou que levassem Jesus e O açoitassem.
Os soldados teceram uma coroa de espinhos,
colocaram-Lha na cabeça
e envolveram Jesus num manto de púrpura.
Depois aproximavam-se d’Ele e diziam:
«Salve, rei dos Judeus».
E davam-Lhe bofetadas.
Pilatos saiu novamente para fora e disse:
«Eu vo-l’O trago aqui fora,
para saberdes que não encontro n’Ele culpa nenhuma».

Jesus saiu,
trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura.
Pilatos disse-lhes:
«Eis o homem».
Quando viram Jesus,
os príncipes dos sacerdotes e os guardas gritaram:
«Crucifica-O! Crucifica-O!».
Disse-lhes Pilatos:
«Tomai-O vós mesmos e crucificai-O,
que eu não encontro n’Ele culpa alguma».
Responderam-lhe os judeus:
«Nós temos uma lei
e, segundo a nossa lei, deve morrer,
porque Se fez Filho de Deus».
Quando Pilatos ouviu estas palavras, ficou assustado.
Voltou a entrar no pretório e perguntou a Jesus:
«Donde és Tu?».
Mas Jesus não lhe deu resposta.
Disse-Lhe então Pilatos:
«Não me falas? Não sabes que tenho poder
para Te soltar e para Te crucificar?».
Jesus respondeu-lhe:
«Nenhum poder terias sobre Mim,
se não te fosse dado do alto.
Por isso, quem Me entregou a ti tem maior pecado».
A partir de então, Pilatos procurava libertar Jesus.
Mas os judeus gritavam:
«Se O libertares, não és amigo de César:
todo aquele que se faz rei é contra César».
Ao ouvir estas palavras, Pilatos trouxe Jesus para fora
e sentou-se no tribunal,
no lugar chamado «Lagedo», em hebraico «Gabatá».
Era a Preparação da Páscoa, por volta do meio-dia.
Disse então aos judeus:
«Eis o vosso rei!».
Mas eles gritaram:
«À morte, à morte! Crucifica-O!».

Disse-lhes Pilatos:
«Hei-de crucificar o vosso rei?».
Replicaram-lhe os príncipes dos sacerdotes:
«Não temos outro rei senão César».
Entregou-lhes então Jesus, para ser crucificado.
E eles apoderaram-se de Jesus.
Levando a cruz,
Jesus saiu para o chamado Lugar do Calvário,
que em hebraico se diz Gólgota.
Ali O crucificaram, e com Ele mais dois:
um de cada lado e Jesus no meio.
Pilatos escreveu ainda um letreiro
e colocou-o no alto da cruz; nele estava escrito:
«Jesus, o Nazareno, Rei dos judeus».
Muitos judeus leram esse letreiro,
porque o lugar onde Jesus tinha sido crucificado
era perto da cidade.
Estava escrito em hebraico, grego e latim.
Diziam então a Pilatos os príncipes dos sacerdotes dos judeus:
«Não escrevas: ‘Rei dos Judeus’,
mas que Ele afirmou: ‘Eu sou o rei dos Judeus’».
Pilatos retorquiu:
«O que escrevi está escrito».
Quando crucificaram Jesus,
os soldados tomaram as suas vestes,
das quais fizeram quatro lotes, um para cada soldado,
e ficaram também com a túnica.
A túnica não tinha costura:
era tecida de alto a baixo como um todo.
Disseram uns aos outros:
«Não a rasguemos, mas lancemos sortes,
para ver de quem será».
Assim se cumpria a Escritura:
«Repartiram entre si as minhas vestes
e deitaram sortes sobre a minha túnica».
Foi o que fizeram os soldados.

Estavam junto à cruz de Jesus
sua Mãe, a irmã de sua Mãe,
Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena.
Ao ver sua Mãe e o discípulo predilecto,
Jesus disse a sua Mãe:
«Mulher, eis o teu filho».
Depois disse ao discípulo:
«Eis a tua Mãe».
E a partir daquela hora,
o discípulo recebeu-a em sua casa.
Depois, sabendo que tudo estava consumado
e para que se cumprisse a Escritura,
Jesus disse:
«Tenho sede».
Estava ali um vaso cheio de vinagre.
Prenderam a uma vara uma esponja embebida em vinagre
e levaram-Lha à boca.
Quando Jesus tomou o vinagre, exclamou:
«Tudo está consumado».
E, inclinando a cabeça, expirou.
Por ser a Preparação,
e para que os corpos não ficassem na cruz durante o sábado,
– era um grande dia aquele sábado –
os judeus pediram a Pilatos
que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados.
Os soldados vieram e quebraram as pernas ao primeiro,
depois ao outro que tinha sido crucificado com ele.
Ao chegarem a Jesus, vendo-O já morto,
não Lhe quebraram as pernas,
mas um dos soldados trespassou-Lhe o lado com uma lança,
e logo saiu sangue e água.
Aquele que viu é que dá testemunho,
e o seu testemunho é verdadeiro.
Ele sabe que diz a verdade,
para que também vós acrediteis.

Assim aconteceu para se cumprir a Escritura, que diz:
«Nenhum osso lhe será quebrado».
Diz ainda outra passagem da Escritura:
«Hão-de olhar para Aquele que trespassaram».
Depois disto, José de Arimateia, que era discípulo de Jesus,
embora oculto por medo dos judeus,
pediu licença a Pilatos para levar o corpo de Jesus.
Pilatos permitiu-lho.
José veio então tirar o corpo de Jesus.
Veio também Nicodemos,
aquele que, antes, tinha ido de noite ao encontro de Jesus.
Trazia uma mistura de quase cem libras de mirra e aloés.
Tomaram o corpo de Jesus
e envolveram-no em ligaduras juntamente com os perfumes,
como é costume sepultar entre os Judeus.
No local em que Jesus tinha sido crucificado,
havia um jardim e, no jardim, um sepulcro novo,
no qual ainda ninguém fora sepultado.
Foi aí que, por causa da Preparação dos Judeus,
porque o sepulcro ficava perto,
depositaram Jesus.

RESSURREIÇÃO DO SENHOR

Sábado Vigília pascal na Noite Santa

LEITURA I                                                              Gen 1, 1 — 2, 2

Leitura do Livro do Génesis
No princípio, Deus criou o céu e a terra.
A terra estava deserta e vazia,
as trevas cobriam a superfície do abismo,
e o espírito de Deus pairava sobre as águas.
Disse Deus: «Faça-se a luz». E a luz apareceu.
Deus viu que a luz era boa, e separou a luz das trevas.
Deus chamou ‘dia’ à luz e ‘noite’ às trevas.
Veio a tarde e, em seguida, a manhã: era o primeiro dia.
Disse Deus: «Haja um firmamento no meio das águas,
para as manter separadas umas das outras».
Deus fez o firmamento
e separou as águas que estavam debaixo do firmamento
das águas que estavam por cima dele.
E ao firmamento chamou ‘céu’.
Veio a tarde e, em seguida, a manhã: foi o segundo dia.

Disse Deus: «Juntem-se as águas
que estão debaixo do firmamento
num só lugar
e apareça a terra seca».
E assim sucedeu.
À parte seca Deus chamou ‘terra’
e ‘mar’ ao conjunto das águas.
E Deus viu que isto era bom.
Disse Deus: «Cubra-se a terra de verdura:
ervas que dêem sementes
e árvores de fruto,
que produzam sobre a terra frutos com a sua semente,
segundo a própria espécie».
E assim sucedeu.
A terra produziu verdura:
erva que produz semente, segundo a sua espécie,
e árvores que dão frutos com a sua semente,
segundo a própria espécie.
Deus viu que isto era bom.
Veio a tarde e, em seguida, a manhã: foi o terceiro dia.
Disse Deus: «Haja luzeiros no firmamento do céu,
para distinguirem o dia da noite
e servirem de sinais para as festas, os dias e os anos,
para que brilhem no firmamento do céu
e iluminem a terra».
E assim sucedeu.
Deus fez dois grandes luzeiros:
o maior para presidir ao dia
e o menor para presidir à noite;
e fez também as estrelas.
Deus colocou-os no firmamento do céu
para iluminarem a terra,
para presidirem ao dia e à noite
e separarem a luz das trevas.
Deus viu que isto era bom.
Veio a tarde e, em seguida, a manhã: foi o quarto dia.

Disse Deus: «Povoem as águas inúmeros seres vivos
e voem as aves na terra sob o firmamento do céu».
Deus criou os monstros marinhos
e todos os seres vivos que se movem nas águas,
segundo as suas espécies,
e todos os animais voadores, segundo as suas espécies.
Deus viu que isto era bom;
e abençoou-os, dizendo:
«Crescei e multiplicai-vos,
enchei as águas dos mares
e multipliquem-se as aves sobre a terra».
Veio a tarde e, em seguida, a manhã: foi o quinto dia.
Disse Deus: «Produza a terra seres vivos,
segundo as suas espécies:
animais domésticos, répteis e animais selvagens,
segundo as suas espécies».
E assim sucedeu.
Deus fez os animais selvagens, segundo as suas espécies,
os animais domésticos, segundo as suas espécies,
e todos os répteis da terra, segundo as suas espécies.
Deus viu que isto era bom.
Disse Deus: «Façamos o homem à nossa imagem e semelhança.
Domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu,
sobre os animais domésticos, sobre os animais selvagens
e sobre todos os répteis que rastejam pela terra».
Deus criou o ser humano à sua imagem,
criou-o à imagem de Deus.
Ele o criou homem e mulher.
Deus abençoou-os, dizendo:
«Crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra.
Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu
e sobre todos os animais que se movem na terra».
Disse Deus: «Dou-vos todas as plantas com semente
que existem em toda a superfície da terra,
assim como todas as árvores de fruto com semente,
para que vos sirvam de alimento.

E a todos os animais da terra, a todas as aves do céu
e a todos os seres vivos que se movem na terra
dou as plantas verdes como alimento».
E assim sucedeu.
Deus viu tudo o que tinha feito: era tudo muito bom.
Veio a tarde e, em seguida, a manhã: foi o sexto dia.
Assim se completaram o céu e a terra
e tudo o que eles contêm.
Deus concluiu, no sétimo dia, a obra que fizera
e, no sétimo dia, descansou do trabalho que tinha realizado.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 103 (104), 1-2a.5-6.10.12.13-14.24.35c
(R. cf. 30)
Refrão: Enviai, Senhor, o vosso Espírito
e renovai a face da terra.

LEITURA II Ex 14, 15 – 15, 1

Leitura do Livro do Êxodo
Naqueles dias,
disse o Senhor a Moisés:
«Porque estás a bradar por Mim?
Diz aos filhos de Israel que se ponham em marcha.
E tu ergue a tua vara, estende a mão sobre o mar e divide-o,
para que os filhos de Israel entrem nele a pé enxuto.
Entretanto, vou permitir que se endureça o coração dos egípcios,
que hão-de perseguir os filhos de Israel.
Manifestarei então a minha glória,
triunfando do Faraó,
de todo o seu exército, dos seus carros e dos seus cavaleiros.
Os egípcios reconhecerão que Eu sou o Senhor,
quando Eu manifestar a minha glória,
vencendo o Faraó, os seus carros e os seus cavaleiros».
O Anjo de Deus, que seguia à frente do acampamento de Israel,
deslocou-se para a retaguarda.
A coluna de nuvem que os precedia
veio colocar-se atrás do acampamento
e postou-se entre o campo dos egícios e o de Israel.
A nuvem era tenebrosa de um lado
e do outro iluminava a noite,
de modo que, durante a noite,
não se aproximaram uns dos outros.
Moisés estendeu a mão sobre o mar,
e o Senhor fustigou o mar, durante a noite,
com um forte vento de leste.
O mar secou e as águas dividiram-se.
Os filhos de Israel penetraram no mar a pé enxuto,
enquanto as águas formavam muralha à direita e à esquerda.
Os egípcios foram atrás deles:
todos os cavalos do Faraó, os seus carros e cavaleiros
os seguiram pelo mar dentro.

Na vigília da manhã,
o Senhor olhou da coluna de fogo e da nuvem
para o acampamento dos egípcios
e lançou nele a confusão.
Bloqueou as rodas dos carros,
que dificilmente se podiam mover.
Então os egípcios disseram:
«Fujamos dos israelitas,
que o Senhor combate por eles contra os egípcios».
O Senhor disse a Moisés:
«Estende a mão sobre o mar,
e as águas precipitar-se-ão sobre os egípcios,
sobre os seus carros e os seus cavaleiros».
Moisés estendeu a mão para o mar
e, ao romper da manhã, o mar retomou o seu nível normal,
quando os egípcios fugiam na sua direcção.
E o Senhor precipitou-os no meio do mar.
As águas refluíram
e submergiram os carros, os cavaleiros e todo o exército do Faraó,
que tinham entrado no mar, atrás dos filhos de Israel.
Nem um só escapou.
Mas os filhos de Israel tinham andado pelo mar a pé enxuto,
enquanto as águas formavam muralha à direita e à esquerda.
Nesse dia, o Senhor salvou Israel das mãos dos egípcios,
e Israel viu os egípcios mortos nas praias do mar.
Viu também o grande poder
que o Senhor exercera contra os egípcios,
e o povo temeu o Senhor,
acreditou n’Ele e em seu servo Moisés.
Então Moisés e os filhos de Israel
cantaram este hino em honra do Senhor:
«Cantemos ao Senhor, que fez brilhar a sua glória,
precipitou no mar o cavalo e o cavaleiro».

SALMO RESPONSORIAL Ex 15, 1-2.3-4.5-6.17-18 (R. 1b)
Refrão: Cantemos ao Senhor, que fez brilhar a sua glória.

LEITURA III Ez 36, 16-17a.18-28

Leitura da Profecia de Ezequiel

A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos:
«Filho do homem,
quando os da casa de Israel habitavam na sua terra,
mancharam-na com o seu proceder e as suas obras.
Fiz-lhes então sentir a minha indignação,
por causa do sangue que haviam derramado no país
e dos ídolos com que o tinham profanado.
Dispersei-os entre as nações,
espalhei-os entre os outros povos;
julguei-os segundo o seu proceder e as suas obras.
Em todas as nações para onde foram,
profanaram o meu santo nome; e por isso se dizia deles:
‘São o povo do Senhor: tiveram de deixar a sua terra’.
Quis então salvar a honra do meu santo nome,
que a casa de Israel profanara
entre as nações para onde tinha ido.
Por isso, diz à casa de Israel: Assim fala o Senhor Deus:
Não faço isto por causa de vós, Israelitas,
mas por causa do meu santo nome,
que profanastes entre as nações para onde fostes.
Manifestarei a santidade do meu grande nome,
profanado por vós entre as nações para onde fostes.
E as nações reconhecerão que Eu sou o Senhor
– oráculo do Senhor Deus –
quando a seus olhos Eu manifestar a minha santidade,
a vosso respeito.
Então retirar-vos-ei de entre as nações,
reunir-vos-ei de todos os países,
para vos restabelecer na vossa terra.
Derramarei sobre vós água pura
e ficareis limpos de todas as imundícies;
e purificar-vos-ei de todos os falsos deuses.
Dar-vos-ei um coração novo
e infundirei em vós um espírito novo.
Arrancarei do vosso peito o coração de pedra
e dar-vos-ei um coração de carne.

Infundirei em vós o meu espírito
e farei que vivais segundo os meus preceitos,
que observeis e ponhais em prática as minhas leis.
Habitareis na terra que dei a vossos pais;
sereis o meu povo e Eu serei o vosso Deus».

SALMO RESPONSORIAL Salmo 41 (42), 2-3.5; 42 (43), 3-4 (R. 41 (42), 2)
Refrão: Como suspira o veado pelas correntes das águas,
assim minha alma suspira por Vós, Senhor.

EPÍSTOLA Rom 6, 3-11
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos
Irmãos:
Todos nós que fomos baptizados em Jesus Cristo
fomos baptizados na sua morte.
Fomos sepultados com Ele pelo Baptismo na sua morte,
para que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos
pela glória do Pai,
também nós vivamos uma vida nova.
Se, na verdade, estamos totalmente unidos a Cristo
pela semelhança da sua morte,
também o estaremos pela semelhança da sua ressurreição.

Bem sabemos que o nosso homem velho
foi crucificado com Cristo,
para que fosse destruído o corpo do pecado
e não mais fôssemos escravos dele.
Quem morreu está livre do pecado.
Se morremos com Cristo,
acreditamos que também com Ele viveremos,
sabendo que, uma vez ressuscitado dos mortos,
Cristo já não pode morrer;
a morte já não tem domínio sobre Ele.
Porque na morte que sofreu,
Cristo morreu para o pecado de uma vez para sempre;
mas a sua vida é uma vida para Deus.
Assim vós também,
considerai-vos mortos para o pecado
e vivos para Deus, em Cristo Jesus.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 117 (118), 1-2.16ab-17.22-23
Refrão: Aleluia. Aleluia. Aleluia.

EVANGELHO Mt 28, 1-10
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Depois do sábado, ao raiar do primeiro dia da semana,
Maria Madalena e a outra Maria foram visitar o sepulcro.
De repente, houve um grande terramoto:
o Anjo do Senhor desceu do Céu
e, aproximando-se, removeu a pedra do sepulcro
e sentou-se sobre ela.
O seu aspecto era como um relâmpago,
e a sua túnica branca como a neve.
Os guardas começaram a tremer de medo
e ficaram como mortos.
O Anjo tomou a palavra e disse às mulheres:
«Não tenhais medo; sei que procurais Jesus, o Crucificado.
Não está aqui: ressuscitou, como tinha dito.
Vinde ver o lugar onde jazia.
E ide depressa dizer aos discípulos:
‘Ele ressuscitou dos mortos
e vai adiante de vós para a Galileia.
Lá O vereis’.
Era o que tinha para vos dizer».
As mulheres afastaram-se rapidamente do sepulcro,
cheias de temor e grande alegria,
e correram a levar a notícia aos discípulos.
Jesus saiu ao seu encontro e saudou-as.
Elas aproximaram-se,
abraçaram-Lhe os pés e prostraram-se diante d’Ele.
Disse-lhes então Jesus:
«Não temais.
Ide avisar os meus irmãos que partam para a Galileia.
Lá Me verão».

Missa no Dia de Páscoa da Ressureição

LEITURA I
Actos 10, 34a.37-43
«Comemos e bebemos com Ele, depois de ter ressuscitado dos mortos»
Leitura dos Actos dos Apóstolos
Naqueles dias,
Pedro tomou a palavra e disse:
«Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia,
a começar pela Galileia,
depois do baptismo que João pregou:
Deus ungiu com a força do Espírito Santo a Jesus de Nazaré,
que passou fazendo o bem
e curando a todos os que eram oprimidos pelo Demónio,
porque Deus estava com Ele.
Nós somos testemunhas de tudo o que Ele fez
no país dos Judeus e em Jerusalém;
e eles mataram-n’O, suspendendo-O na cruz.
Deus ressuscitou-O ao terceiro dia
e permitiu-Lhe manifestar-Se, não a todo o povo,
mas às testemunhas de antemão designadas por Deus,
a nós que comemos e bebemos com Ele,
depois de ter ressuscitado dos mortos.
Jesus mandou-nos pregar ao povo
e testemunhar que ele foi constituído por Deus
juiz dos vivos e dos mortos.
É d’Ele que todos os profetas dão o seguinte testemunho:
quem acredita n’Ele
recebe pelo seu nome a remissão dos pecados».

SALMO RESPONSORIAL Salmo 117 (118), 1-2.16ab-17.22-23
(R. 24)
Refrão: Este é o dia que o Senhor fez:
exultemos e cantemos de alegria.

LEITURA II Col 3, 1-4
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Colossenses
Irmãos:
Se ressuscitastes com Cristo,
aspirai às coisas do alto,
onde está Cristo, sentado à direita de Deus.
Afeiçoai-vos às coisas do alto e não às da terra.
Porque vós morrestes,
e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.
Quando Cristo, que é a vossa vida, Se manifestar,
também vós vos haveis de manifestar com Ele na glória.

SEQUÊNCIA
À Vítima pascal
ofereçam os cristãos
sacrifícios de louvor.
O Cordeiro resgatou as ovelhas:
Cristo, o Inocente,
reconciliou com o Pai os pecadores.
A morte e a vida
travaram um admirável combate:
Depois de morto,
vive e reina o Autor da vida.
Diz-nos, Maria:
Que viste no caminho?
Vi o sepulcro de Cristo vivo
e a glória do Ressuscitado.
Vi as testemunhas dos Anjos,
vi o sudário e a mortalha.
Ressuscitou Cristo, minha esperança:
precederá os seus discípulos na Galileia.
Sabemos e acreditamos:
Cristo ressuscitou dos mortos:
Ó Rei vitorioso,
tende piedade de nós.

ALELUIA                                                                             1 Cor 5, 7b-8a
Refrão: Aleluia.

EVANGELHO                                                                          Jo 20, 1-9
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
No primeiro dia da semana,
Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro
e viu a pedra retirada do sepulcro.
Correu então e foi ter com Simão Pedro
e com o discípulo predilecto de Jesus
e disse-lhes:
«Levaram o Senhor do sepulcro,
e não sabemos onde O puseram».
Pedro partiu com o outro discípulo
e foram ambos ao sepulcro.

Corriam os dois juntos,
mas o outro discípulo antecipou-se,
correndo mais depressa do que Pedro,
e chegou primeiro ao sepulcro.
Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou.
Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira.
Entrou no sepulcro
e viu as ligaduras no chão
e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus,
não com as ligaduras, mas enrolado à parte.
Entrou também o outro discípulo
que chegara primeiro ao sepulcro:
viu e acreditou.
Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura,
segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.

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